ARC PR3 - Caminhos do Sol Nascente walking

Arouca 13 kms

Descrição

O PR3 “Caminhos do Sol Nascente” é um percurso pedestre de pequena rota, com cerca de 13 quilómetros, circular, com um pequeno ramal de acesso à Igreja Matriz de Moldes, onde se inicia.

Por ser circular pode ser iniciado em qualquer dos lugares por onde passa e em qualquer sentido, mas por a subida de Moldes para Bustelo ser mais suave é por aqui que faremos a sua descrição.

Junto à Igreja de Moldes tomamos a estrada asfaltada na direcção de Fuste, e passados 300 metros, depois da bifurcação para Friães, abandonamo-la, tomando à direita um caminho que nos leva à Serra.

Seguindo as marcações amarelas e vermelhas encontramos um caminho antigo que, subindo, nos conduz por um bosque onde predomina o pinheiro, aqui e ali salpicado de castanheiro e carvalho. Alguns eucaliptos também.

Continuando por ele e após frondoso bosque de castanheiros e de carvalhos, chegamos a Bustelo.

Depois de pequeno descanso para recuperar energias, podem contemplar- se, do coreto, os bem tratados campos em socalcos, após o que se percorre a aldeia pelo seu caminho mais antigo, passando uma rústica, singela e bela fonte de água cristalina e fresca e entrando de novo em caminho de asfalto em direcção à antiga escola. Junto desta, retomamos os caminhos antigos e tradicionais.

Depois de atravessarmos o ribeiro de Espinho, tomamos um caminho, à esquerda, que sobe suavemente, sob as ramagens frondosas de outro bosque.

Numa curva apertada, tomamos o caminho da esquerda, um caminho muito antigo, centenário, o caminho que fazia a ligação das aldeias de montanha (Cabreiros, Tebilhão e Cando) à sede do concelho. Era por aqui que se faziam os funerais para o cemitério de Moldes.

Seguindo pelo dito caminho, que sobe suavemente, atingimos um moínho ladeado de belos exemplares de azevinho e a seguir umas alminhas. Para montante os campos e a aldeia de Adaúfe.

Aqui podemos admirar as cascatas do lindo ribeiro das Rocas, aproveitando para um pequeno descanso.

Depois de atravessarmos o ribeiro numa pequena ponte de arco seguimos, subindo suavemente, até Espinheiro. Embora o percurso passe ao lado, a arquitectura e a construção tradicional, onde impera o granito e o xisto nas coberturas, merece uma visita.

Atravessada a estrada de asfalto que liga Adaúfe a Espinheiro, passamos por detrás deste último lugar continuando a subir a Serra.

Após atingirmos largo estradão, estamos na quota máxima: 770 metros de altitude.

Daqui temos deslumbrante panorâmica sobre o Vale de Moldes e a Sra. da Mó, a Norte; para Nordeste a Serra do Montemuro, para Noroeste os campos em socalcos de Adaúfe e de Bustelo. Com frequência ouvimos o piar da águia-de- asa-redonda que, muitas vezes, podemos ver, e com sorte avistaremos esquilos.

Descendo pelo estradão, rápidamente atingimos, no final deste, um grande tanque comunitário de regadio tradicional. Neste local seguimos pelo caminho de asfalto, para a direita, até Fuste.

Depois de admirarmos alguns motivos interessantes (eiras, espigueiros, ramadas de vinhas...) seguimos pelo caminho tradicional até ao núcleo mais antigo da aldeia. Admire-se o moínho agora parado. Depois de passarmos por um “túnel” de ramadas, outra vez a estrada de asfalto que nos leva até à escola.

Imediatamente após esta, tomamos o caminho da esquerda, descendo para Vila Cova e para o Vale de Moldes. Admire-se o frondoso bosque, um dos mais bem conservados de Arouca, e no seu sub- -bosque alguns exemplares de azevinho, loureiro e medronheiro, entre outros.

Chegados a Vila Cova, ao asfalto, continuamos por ele, para a esquerda. Observe-se, daqui, a forma integrada e harmoniosa dos núcleos habitacionais de Póvoa e de Friães: os bosques circundantes, os cultivos de milho, as ramadas de vinha...

Passados 900 metros deixamos a estrada de asfalto, atravessamos uma pequena ponte de arco e estamos, outra vez, num caminho tradicional. Passamos Póvoa e a seguir Friães e pouco depois estamos de novo na Igreja de Moldes. Destes caminhos ora asfaltados, ora empe- drados, estendemos sobre a paisagem os derradeiros olhares de quem está de partida, já com vontade para voltar...