CBR PR2 - Mata Nacional de Vale de Canas / Praia Fluvial de Palheiros-Zorro walking

Coimbra 3.2 kms 01:15:00

Descrição

O percurso pedestre Mata Nacional de Vale de Canas — Praia fluvial de Palheiros-Zorro está incluído no projeto transversal “Rios e Zonas Húmidas” da CIM-RC, no Corredor do Mondego, ligando a Mata Nacional de Vale de Canas (sob gestão do ICNF) à Praia Fluvial de Palheiros-Zorro. É um percurso focado na natureza, de formato linear, com uma extensão de 3.200 m, tendo a particularidade de poder ser feito sempre a descer, caso se opte pelo sentido norte-sul, com partida da Mata de Vale de Canas, e permitir descobrir, observar e sentir a grandiosidade do eucalipto mais alto da Europa e a maior araucária de Portugal. No caso de iniciar o percurso na Mata Nacional de Vale de Canas, deleite-se com a espetacularidade das árvores existentes, de flora autóctone, como o carvalho-alvarinho, o sobreiro, a azinheira, o castanheiro, o pinheiro-bravo, o pinheiro-manso, sem perder a frescura da rua dos plátanos ou o canteiro das aromáticas, no qual pode descobrir um vasto leque de espécies. Antes de iniciar a descida para o extremo oposto do percurso — a praia fluvial de Palheiros-Zorro, praia acessível e com bandeira azul — desfrute da vista panorâmica proporcionada pelo miradouro, do qual se avista a imensidão da mata e, ao fundo, a Serra do Carvalho. Sensivelmente a meio do percurso há uma paragem obrigatória, não tanto para descansar da descida prolongada, que alguns podem considerar algo radical, mas para contemplar a beleza e a imponência de duas árvores monumentais que surgem no caminho, classificadas como árvores de interesse público pelo ICNF: um exemplar de eucalipto, com cerca de 75 m de altura, que se supõe ser o mais alto eucalipto desta espécie na Europa, e um exemplar de araucária-da-queenslândia, a mais alta de Portugal, com 54 m de altura. Nas imediações destas duas espécies encontram-se muitos outros eucaliptos notáveis, como um exemplar de E. viminalis, com 65 m de altura, outro de E. globu- lus, com 63 m de altura, entre vários exemplares de E. obliqua e E. pulchella, de menor dimensão. Para além destes exemplares, regista-se a presença da sequóia, do cedro-do-bussaco, do plátano, do cedro-do-atlas e da tuia-gigante-americana. Este quadro natural não ficaria completo sem o usufruto da mina de água contígua, na qual é possível ver a presença de alguns anfíbios como a salamandra-lusitânica ou a salamandra- -de-pintas-amarelas. Seguindo o percurso, sempre a descer por caminhos dentro da densa vegetação e de hortas familiares (na sua parte terminal), chega-se ao rio Mondego e à Praia Fluvial de Palheiros-Zorro, destino final. De realçar a particularidade deste percurso se ligar a outros dois: o Percurso Interpretativo da Mata Nacional de Vale de Canas, na sua extremidade norte; e o Percurso Ribeirinho, na sua extremidade sul, na praia fluvial.