BCL PR3 - Pelos trilhos do Monte do Facho walking

Barcelos 10.8 kms 03:30:00

Descrição

O Percurso “Pelos trilhos do Monte do Facho” é um traçado classificado como de pequena rota (PR), com cerca de 11 km, de tipologia circular e de dificuldade “algo difícil”, caraterizado pela variedade de pontos de interesse de natureza arqueológica, paisagística, cultural, rural e religiosa, que percorre as freguesias de Roriz, Oliveira, Galegos Sta. Maria e U.F de Alheira e Igreja Nova.

Partindo da Capela de S. Lourenço em Alheira, local de culto e de lazer, segue se por caminhos ladeados por sobreiros e carvalhos em direção à Capela da Senhora do Facho, um local de forte devoção e de peregrinações emblemáticas, das quais se destaca a peregrinação anual, realizada no primeiro domingo de julho. Pelo caminho é dada a oportunidade de visitar o penedo do sino, a eira comunitária, a loja das cabras ou a fonte verde que ficam junto ao traçado do percurso e que rememoram a importância deste Monte para as
comunidades locais noutros tempos.

Junto à Capela de Nossa Senhora do Facho, situada num oásis florestal predominantemente autóctone, além de visitar a Capela, é possível calcorrear os vestígios de uma citânia da Idade do Ferro, à qual muitos arqueólogos atribuem a origem da tradição olárica de toda esta região. Deslumbre-se, ainda, com uma das melhores vistas do Minho, numa espécie de anfiteatro panorâmico sobre o vale do Cávado. Neste local, é de destacar, ainda, o curioso monumento erigido em 1942 em homenagem ao Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira.
No sopé do monte já na freguesia de Galegos Santa Maria, onde supostamente nasceu o emblemático Galo de Barcelos, depare-se com o “Balneário Castrejo da Pena Grande”, monumento da Idade do Ferro destinado a banhos e para práticas do tipo “sauna”, considerado um dos melhores exemplares neste registo na Península Ibérica. É classificado como Monumento Nacional desde 1986.

Em Roriz, o percurso percorre caminhos rurais, e destacam-se os recantos proporcionados por alguns ribeiros e capelas. O traçado na ligação de Roriz a Alheira, que nos leva de volta à capela de S. Lourenço, é conhecido como o caminho da galega. Este troço é marcado pela excelência da vegetação que proporciona momentos de pura tranquilidade e frescura .

A capela de S. Lourenço é, todos os anos, palco de uma curiosa romaria em honra de S. Lourenço e S. Silvestre, no dia 10 de agosto.
No que toca ao património natural, de salientar em termos faunísticos a possibilidade de encontrar ocasionalmente o ouriço cacheiro (Erinaceus europaeus), a raposa (Vulpes vulpes), a codorniz (Coturnix coturnix), a gralha-preta (Corvus corone), o melro comum (Turdus merula), o pintassilgo (Carduelis carduelis), o pica-pau (Picus sharpei), o gaio (Garrulus glandarius), a pega (Pica pica), o sardão (Lacerta lepida), entre outros. Relativamente à flora, de referir algumas bolsas da vegetação endémica onde pontificam o sobreiro (Quercus suber), o azevinho (Ilex aquifolium L.), o carvalho (Quercus faginea L.), o pinheiro bravo (Pinus pinaster Aiton) e o pinheiro manso (Pinus pinea L.).

Este é um dos percursos mais emblemáticos do concelho, pois reúne a excelência da natureza, o património religioso ainda muito vivo na comunidade e sítios arqueológicos de relevante valor.

Percurso