RMR PR1 - Marinhas de Sal walking

Rio Maior 3.5 kms 01:30:00

Descrição

É no extremo sul do parque natural que encontramos as salinas de Rio Maior, exploração com 8 séculos de histórias e de estórias e elemento fulcral na definição da identidade local. A zona onde o percurso se inicia, além da área das salinas, é pautada pela moderna utilização das estruturas que outrora serviam para armazenamento do sal, cabanas construídas em madeira que atualmente alojam cafés, restaurantes e lojas de artesanato local e de produtos derivados da extração do sal. 

Após cerca de 350 m a acompanhar as salinas em caminho de terra batida, o percurso flete para sudoeste, penetrando numa área agrícola pautada sobretudo por vinhas, mato, pinhal e eucaliptal. Embora não seja uma zona de grande riqueza faunística, é possível, em dias de sorte, observar algumas espécies de aves, como a gralha-preta (Corvus corone), o melro (Turdus merula), o picanço-real (Lanius meridionalis), o verdilhão-comum (Carduelis chloris), o chamariz (Serinus serinus), o pintassilgo (Carduelis carduelis), o pica-pau-malhado-grande (Dendrocopos major), o gaio (Garrulus glandarius) e o estorninho-preto (Sturnus unicolor).

Ao atingir a primeira vinha, o percurso volta a mudar de rumo, à direita, em direção a noroeste, levando-nos, ao fim de alguns metros, à povoação de Fonte da Bica, a noroeste das salinas. Apesar de pequena, ainda hoje se pode observar a antiga escola primária e a fonte que lhe deu nome. De notar também as instalações de um modernizado lagar de azeite. 

Atravessamos a povoação pela sua vertente norte, com belas vistas para o vale tifónico e para a área das salinas. Rapidamente se alcança o ponto de início do percurso, agora já com apetite para provar a gastronomia local, enriquecida pelo sal de características únicas, aqui extraído.  

Vale tifónico – vale originado devido à ascensão de um complexo salino. Neste caso, o vale é resultado da fácil erosão de sal depositado no Jurássico, menos resistente do que as rochas envolventes e das que se depositaram sobre esse sal. A palavra provém do grego Typhon (Typhaon ou Typhoeus) um monstro da mitologia grega que desagradou a Zeus e foi enviado para o submundo, debaixo do monte Etna, causando erupções. Seria também o responsável por fortes ventos, daí a palavra tufão. 

Percurso