Descrição
Numa freguesia que detém uma paisagem característica diferenciadora,
este traçado pretende mostrar todos os recursos geológicos, culturais e
paisagísticos existentes neste recanto tão próprio. O nome deste
percurso tem a ver com a “Escola de Frades”, que existiu outrora na
Serra de Santo António.
Este percurso inicia-se junto ao Bajouco
(depressão natural na rocha, onde se acumulam as águas das chuvas),
segue um trilho repleto de muros de pedra solta, marouços, olivais e
zonas pastorícias até à estrada principal, onde se pode observar um
conjunto de estruturas de apoio às atividades agrícolas, nomeadamente,
as eiras, as pias do bagaço e as alpendoradas, onde se guardavam os
carros de bois e restantes ferramentas agrícolas.
Subindo para
norte, encontramos algumas das casas mais antigas da serra enquanto
seguimos em direção ao Casal. Subindo a serra, percorrendo trilhos
ladeados de pedra, onde a vegetação típica serrana é uma constante,
encontrando-se marcas dos rodados dos carros de bois, que, durante
épocas, transportaram cargas de pedra das pedreiras da região. Chegados
ao Casal, observa-se uma dolina convertida à agricultura. Continuando a
subida, direcionamo-nos, agora, para os poços, estrutura comunitária
construída para garantir água às populações e aos animais, nas épocas de
estio, em que este bem faltava.
Subindo em direção aos “crutos”,
facilmente atingimos o ponto mais alto da serra, onde podemos contemplar
o Planalto de Santo António, o polje de Mira/Minde, o Planalto de São
Mamede e a Serra de Aire. Terminada esta incursão pela vertente norte da
serra, voltamos a sul, onde retomamos o caminho até ao local de
partida, descendo um dos trilhos que nos permite ter um maior contacto
com a extensa obra que o homem tem deixado nesta serra. Por entre muros,
avistamos casinas, marouços e pequenos abrigos, construídos à custa da
força braçal, do alferce e da picareta.